terça-feira, 27 de outubro de 2009

Treino do Bacio


Entre os 18 e os 24 meses, a criança começa a ter a percepção de quando tem a fralda suja e pede para que lha troquem. É nesta fase que deverá começar a fazer as primeiras tentativas para convencê-la a usar o bacio.
Aos 24 meses a criança já controla os impulsos e está fisiologicamente preparada para deixar as fraldas. Nesta fase, os pais devem estar atentos às suas expressões faciais, que podem dar indicação da situação fisiológica em que se encontra. Quando achar que chegou a hora de fazer o treino do bacio, por volta das idades indicadas, deve tirar as fraldas da criança e sentá-la no bacio em intervalos regulares (de hora a hora, por exemplo), durante cerca de 5 minutos. Pode ainda tentar levá-la à casa de banho, se bem que para isto deve adquirir um adaptador de sanita e/ou um pequeno degrau, para que ele possa subir.Apesar destas tentativas iniciais, é importante deixar claro que a maioria das crianças só atinge o poder de continência entre os 30 e os 36 meses.
Assim, deve ser muito paciente e tentar fazer a educação do bebé neste sentido, sem que ele se sinta pressionado ou constrangido por se descuidar. A partir dos 48 meses, a criança já deve ser capaz de passar uma noite inteira sem se descuidar. Para habituar o seu filho, deve tentar perceber quais os horários em que regularmente evacua de modo a antecipar esse processo com a sua colocação no bacio.
Crie um espaço de brincadeira à volta da questão do bacio, para que a criança se sinta bem e a situação se torne comum e agradável. No entanto, o bacio deve ser colocado na casa-de-banho para que a criança se aperceba da função daquele espaço.
Pode associar uma palavra especial à situação, que a criança possa facilmente expressar quando tiver vontade de utilizar o bacio, e recompense-a com carinhos sempre que ela consiga evitar descuidar-se. Deve vestir-lhe roupas que ela possa despir facilmente, isto facilitará a situação e dá uma sensação de autonomia à criança, que assim conseguirá fazer tudo sozinha. Se a criança se descuidar a melhor abordagem é chamar-lhe a atenção, sem gritar ou bater, solicitando a sua ajuda para limpar o chão e/ou a roupa. Isto é melhor do que obrigar a criança a sentar-se no bacio ou na sanita.
E jamais lhe volte a colocar a fralda, o que poderá deitar tudo a perder.Apesar de todas estas indicações, é necessário ter em atenção que cada criança tem o seu próprio tempo, e que os pais devem ter atenção aos sinais do seu desenvolvimento.

sábado, 10 de outubro de 2009

No Dia Mundial da Paz

No Dia Mundial da Paz, trabalhámos este tema com os nossos meninos, e comemorámos este dia, com a realização de uma pomba de balão. Aqui ficam as fotos :)

A Entrada no Infantário: O Dilema e o Processo

A entrada de uma criança num infantário, é sempre um período de grande nervosismo e ansiedade, quer para crianças, pais e educadores. Sorrimos e choramos neste processo de adaptação, que não é só das crianças e dos pais, mas nosso também.
Os pais, são talvez as pessoas que mais sofrem com esta situação. O vínculo que existe entre a mãe e a criança, é tão forte, que leva a que se formulem questões acerca da tomada de decisões. E questão impõem-se: “Filhos ou trabalho?”.
É hoje inquestionável a importância da qualidade da relação precoce no desenvolvimento da criança a todos os níveis. É essencial o estabelecimento de uma vinculação com uma figura relevante que será, na maioria dos casos, a mãe. Este vínculo mãe-bebé tem características muito específicas e especiais.
Não há Super-Mulheres e muito menos super mães, mas este é um dilema com o qual muitas mães têm de lidar. Muitas vezes planificam a sua vida de modo a voltar rapidamente para o trabalho, mas quando conhecem o seu bebé e passam os primeiros meses pós-parto inteiramente dedicadas ao seu filho, muitas vezes começam a questionar-se sobre o regresso à sua vida profissional. À medida que a licença de parto se vai aproximando do final, a angústia das mães vai aumentando. E essa angústia é naturalmente transportada para a Creche ou o Jardim de Infância.
A maioria das mulheres não pode ou não quer renunciar à sua carreira profissional. É de salientar que é perfeitamente possível conjugar a maternidade com o trabalho e, na maioria dos casos, é mais satisfatório a nível emocional. Quando a mãe tem que retomar a sua actividade laboral, a separação é muito sentida, pois está habituada a estar 24 horas por dia com o seu bebé. Vai chegando a altura da primeira separação e é necessário decidir o que é melhor para o bebé. É muito importante ter em conta que os bebés percepcionam a ansiedade dos pais e que a sua atitude face à situação é fundamental para ajudar a eliminar os receios da criança, para que ela possa viver este período de forma gratificante. No entanto, é natural que a criança sinta alguma ansiedade, pois está habituada a uma determinada rotina, sendo necessário que se adapte ao novo ambiente e às novas pessoas que vão passar a contactar com ela durante grande parte do dia.
Ainda que não seja uma decisão fácil, existem creches, infantários e colégios bem adaptados às necessidades dos bebés, em que as actividades são preparadas de forma personalizada, de acordo com a idade de cada criança. Para os bebés, a passagem do meio familiar para o meio escolar é um passo muito importante na sua curta vida. Vão passar a estar em contacto com outros espaços e pessoas, que num primeiro momento podem causar-lhes desconfiança e angústia. Os cheiros, as vozes e os carinhos vão mudar e aparecerão muitas crianças à sua volta, pulando e entrando em disputa pela atenção do adulto. Durante o período de adaptação terão que ir superando a separação. Mas se se tratar de uma boa creche, o bebé depressa se adaptará e não sentirá falta de nada.
A maioria dos bebés consegue adaptar-se sem problemas, acabando por passar alegremente para o colo das educadoras na hora da despedida. Este comportamento não deve gerar sentimentos de rivalidade por parte dos pais, pois significa que o bebé estabeleceu uma relação com elas. O trabalho das educadoras não é o de substituir emocionalmente os pais, mas é muito positivo que os bebés comecem a sentir carinho por elas e desenvolvam laços afectivos positivos.
Assim, a atitude dos pais face à situação é fundamental para ajudar a eliminar os receios do filho, para que ele possa viver este período de forma gratificante. Para diminuir estes sentimentos, deverá procurar conhecer bem a creche, os seus espaços e instalações, as suas regras de funcionamento, o que pode oferecer ao seu filho e, sobretudo, estabelecer uma relação de confiança com a educadora.
No momento da separação é importante que as mães se despeçam sempre deles e refiram quando irão voltar, mesmo que eles ainda não compreendam.
Não se culpabilize nem se angustie, pois esta não é uma mudança assim tão brutal para a criança. Recorde-se dos aspectos positivos que poderá trazer, a curto e a longo prazo, nomeadamente, no processo de socialização.